quarta-feira, 16 de abril de 2025

filosofia da mente e Teoria do conhecimento

A filosofia da mente constitui uma vertente da filosofia analítica que se consolidou ao longo do século XX, impulsionada pelo interesse crescente em questões como a consciência, a intencionalidade, a identidade pessoal e a relação mente-corpo. Influenciada pelos avanços nas ciências cognitivas, na neurociência e na linguística, essa área filosófica busca elucidar os fundamentos da experiência mental, bem como os processos que possibilitam o pensamento, a percepção e a linguagem.

Tal investigação está intrinsecamente relacionada à teoria do conhecimento, na medida em que a compreensão dos estados mentais — como crenças, desejos, intenções e percepções — é essencial para a análise da natureza do saber, da justificação e da verdade. A epistemologia contemporânea, ao dialogar com os desenvolvimentos da filosofia da mente, passou a considerar com mais profundidade os mecanismos cognitivos e os contextos mentais nos quais se dá a aquisição e a validação do conhecimento.

Filósofos como Ludwig Wittgenstein, Hilary Putnam, Daniel Dennett e John Searle figuram entre os principais interlocutores desse debate, oferecendo críticas ao dualismo cartesiano e propondo abordagens alternativas — como o materialismo, o funcionalismo e o emergentismo — que integram a análise da mente ao estudo epistemológico, superando dicotomias clássicas entre sujeito e objeto, mente e mundo.

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