segunda-feira, 22 de julho de 2024

a luz que não produz sombra.

O que acontece no mundo fica no mundo. fico pensando que mais da metade das pessoas que conheço dizem isso mas eu nunca entendo direito. Pessoalmente , as pontas das asas tocam a borda abaixo das plantas dobradas na saliva. O leste da Irlanda está repleto de rumores, lendas e infinitas pilhas de recortes de um certo tumulto nativo a partir de visões dos hieróglifos cartesianos. Trago verdades sobre vulcões adormecidos no reino da Dinamarca e de como de dentro deles garças retiram do ventre toda uma civilização. sempre devemos nos lembrar que a nossa mente nos prega peças e as vezes mesmo que a resposta esteja na sua frente a gente simplesmente não consegue ver um palmo nas fuças. Medo de ir na cozinha pela madrugada e esbarrar num incel tocando só os loucos sabem. Domingo é dia de ter o primo distante sugado pelo duto do filtro de piscina. sabe da boneca russa que a gente vai abrindo uma por uma e no final encontramos qualquer coisa futil que respingue no nada? A luz que não produz sombra. Então, isso não uma reflexão sobre bonecas russas porque apesar de muito moço, me sinto um ramo pousado perfeitamente sem muito alarde. 

quinta-feira, 18 de julho de 2024

pode ser confundido com um astronauta homérico.

Eu tinha dois, três truques nos bolsos
de calças compradas no centro da cidade. Nunca soube comprar como quem gasta pra valer a longa espera por um par de sapatos sentinela no subterrâneo. Os sapatos são fabricados e os pés dos meus amigos passam anos perdidos. Até que um dia se encontram. Por isso qualquer roupa parece velha. Por isso estão sempre se desculpando pelas roupas velhas. Mas em segredo se orgulham. Embora eu tenha um corpo que pode ser confundido com o corpo de um astronauta não sou de lá muito essas engrenagens oniricas. Concluo que não sou de fora.Tenho os dedos frios de um técnico em mecânica e sou  como um técnico em mecânica mas não sou tão talentoso quanto um barbeiro. Hamlet diz: palavras, palavras , palavras. 


sexta-feira, 12 de julho de 2024

o comportamento das montanhas.

Ele fala sobre um filósofo do século 17. Não é uma reflexão metafísica, 
mas um jeito diferente de 
seguir outro caminho.
De longe o alpinista chileno
observa o comportamento das montanhas. 
Tem dificuldade em fixá-la na trilha. Parece que foi um dia desses que repousou os olhos nela para
não a perder. 
O tempo, descobriu ele mais tarde,
por ser mamífero, 
inventa idiomas e não 
esquece de ajeitar o sorriso
antes de lembrar que ainda existe um
Santo parecido com seu nome.

Claudio Castoriadis 

sábado, 29 de junho de 2024

considerações intepestivas sobre a colisão dos semáforos.

Um número cada vez mais significativo de pessoas acredita que foi um erro da espécie descer das árvores. Alguns dizem que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima idéia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar.

então, uma quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi torturado num pedaço de madeira por ter dito que seria uma boa ideia se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar, um pivete, sozinho numa pequena lanchonete no interior do rio grande do Norte, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz longe de tanta baderna.

Desta vez estava tudo certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado em coisa nenhuma. Infelizmente, porém, antes que ele pudesse mandar uma mensagem para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe e a idéia perdeu-se para todo o sempre. Gregor  acordou de sonhos intranquilos.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Considerações sobre KNAUSGÅRD

KARL OVE KNAUSGÅRD nasceu em 1968, em Oslo, na Noruega sendo considerado o mais importante autor norueguês de sua geração. Seus livros não nos ensinam lição alguma, não há jornada do herói, não há nada de épico. Não existe bem contra o mal no sentido da escatológico. O que o autor faz é criar uma sensação de que estamos testemunhando a vida como ela é, em toda a sua complexidade, das pilhas de louça pra lavar às tretas de família. Você se enxerga em suas histórias. Não por acaso ele rompeu as amarras da ficção com um projeto de escrita autobiográfica. reflete sobre sua timidez e seus silêncios. Em A Ilha da Infância, superindico,  ele mergulha em cheio nas sensações de sua infância numa ilha norueguesa, como se fosse  um Proust escandinavo. Um Proust falando coisas do tipo: 

“Todo mundo quer salvar o planeta, mas ninguém quer ajudar a mãe a lavar a louça”. (P. J. O’Rourke). 

A luta de Knausgård é a nossa luta. Os sonhos, os perrengues. Ao escrever sobre o ordinário, sem projetar visões grandiosas sobre viver uma vida profunda e com propósito, o autor gera um sentimento de familiaridade no leitor presente em tudo que é viral e vicia. Um autor visceral. 

No ensaio “A linguagem”,  o filósofo Heidegger declara: “Não queremos, porém, ir a lugar nenhum. Queremos ao menos uma vez chegar ao lugar em que já estamos”.

É talvez seja essa a sacada Knausgård. Chegar aonde já se está é, aqui, empreender uma verdadeira fenomenologia das coisas que constituem uma vida; salvá-las, de certa forma, de seu desconforto pelo automatismo da presença no mundo. Valew , pessoas. Boa leitura e leiam no mais alto volume sempre. 

sábado, 15 de junho de 2024

Stephen King: o coiso

Você pelo menos já assistiu alguma obra de Stephen King, seja pelo cinema, seriados ou então pelas obras literárias. A escrita de Stephen King se estende por mais de 60 livros e embora o conteúdo de sua ficção possa várias entre estilos, ele é mais conhecido por suas obras de horror. Nem parece que ninguém queria comprar suas obras e chegou vende-las tão baratas para tentar sobreviver e ter como sustenta o vicio em álcool. 
Acostumado a colocar coisas do seu dia a dia em seus livros, King tem o dom de se inspirar em coisas que nunca iriamos imaginar. Mas tá lá na mente do cara. Em sua obra mais famosa O Iluminado (The Shining), publicado em 1977 e com o filme dirigido por Kubrick nos anos 80, King falava de um homem com abuso físico e emocional, a raiva e negligência de um pai alcoólatra que estava vivendo em uma casa mal assombrada.

Ele estava falando dele mesmo quando assumiu o alcoolismo. Esses aspectos tão importantes na obra desapareceram quando Kubrick mudou todos os personagens e fez com que King odiasse sua adaptação por isso. 

Esse tipo de assunto sempre completa as obras de King, a perda de inocência, abuso físico e mental, a batalha entre o bem e o mal e como em uma teia de uma aranha, todas as historias se interligam, presenciando uma das coisas que os fãs adoram descobrir nas obras de King. 

Ele criou o seu próprio universo seja pela famosa cidade Derry ou Castle Rock ( lembrou do seriado , hein?!) que são as mais conhecidas do estado Maine, estado onde ele cresceu e ainda mora.

Ele entendia o medo dos seus leitores e usava seus livros para dar esperança, nem sempre no corriqueiro. 

Massa, né?! Bora conhecer as obras? Acredito que uma das obras com um o maior processo de criação do autor até o momento é O Pistoleiro, que segue de 1978 a 1981, a mesma obra que se tornou a predisposição a saga Torre Negra. Antologia gigantesca estilo livrão russo. Vai lá, fica a dica.








domingo, 2 de junho de 2024

somos apenas um amontoado de gatilhos.

menosprar alguém que não está no mesmo caminho? Talvez não seja muito sensato. Na real ninguém tem a obrigação de acreditar no que você acredita. Você nunca vai ser melhor dq ninguém por fazer o óbvio: seguir um caminho. De repente a tarefa principal da vida é esta: entender que, tirando o nome que lhe foi dado, somos apenas um amontoado de gatilhos presos numa condição da vida. Olha, já pensou em identificar e separar as coisas de forma que possa dizer claramente o que é externo e não está sob seu controle e o que é interno e vc efetivamente controla?! Tô sempre tentando. (Risos) Melhor: o controle não existe. Até parece papo de quem paga de intelectual, um alecrim dourado perfumado. Ó,  minha cara de intelectual. Tô ligado. Mas no fim das tantas, apenas curto escrever essas coisas para fazer a diferença na minha estrutura. Mas não deixa de ser uma ideia, né?! E, com tantas ideias "ruins" rodando o mundo, sei lá , essa pode ser diferenciada para compartilhar. 

* Gostaram da fotinha? É Abgail ela. 

quarta-feira, 29 de maio de 2024

deixa pra lá


Você já ouviu sobre uma teoria conhecida como “Let Them”?

traduzida como: deixa pra lá. Praticar o “deixar pra lá”, pode mudar totalmente a sua relação com as outras pessoas.

Enfim, se você nunca ouviu falar sobre essa teoria, você precisa conhecer o quanto antes, porque é libertador, e realmente pode melhorar em muito a sua vida.

resumidamente, na prática, a teoria “Let Them”, diz:

# Se seus amigos estão saindo, sem convidar você, deixe eles irem.

# Se alguém disser algo maldoso sobre você pelas suas costas, deixe eles. Se alguém for rude com você, deixe eles.

E sabe por que é importante aplicar isso?

Porque, a maneira como as pessoas se comportam em 99% das vezes não tem nada a ver com você. Mas, sim, tudo a ver com elas.

Tenta ae, de repente funciona na sua vida. Valewze 🧘‍♂️


Arte: Claudio castoriadis. 

sábado, 25 de maio de 2024

um dia depois do Bob Dylan

Não porque nem sempre foi assim que você pensou em bater de frente  com o mundo. Em silêncio, derretendo por anos, pendurado num amontoado de moléculas em que se encontrasse o esqueleto alvo de um animal machucado ou em que um casal de anfíbios dormisse na sombra do submarino dos garotos de Liverpool. gatos perseguem bombeiros durante todo o percurso do perímetro apenas para ver o impacto da caixa de leite dentro da geladeira. o leque aquático se abre sobre o desmoronar das máquinas agrícolas.  Foi um desastre, pedras , barraquinhas, bala de borracha, estomago embrulhado, costelas quebradas , pancadaria, prq alguém precisava flutuar para não ser o incêndio dizendo- lhe como funciona a vida de maneiras diferentes. Escrevo sobre o movimento intestinal das abelhas prq corro um grande perigo depois que os alquimistas alugaram um satélite no meu disco rígido. eles venceram e tá tudo bem. Foi por pouco, sabemos disso. Seu poema estupido não pode consertar uma casa assombrada. Demorou , mas você aprendeu. Convenhamos , quase não diz o suficiente quando não se tem muita coisa para arrancar e por isso jamais saberemos absolutamente nada a respeito das venezas lunáticas. Um dia depois do Bob Dylan,  um conjunto de agregados – carbono, ferro, cálcio, água q é oxigênio e hidrogênio, tudo organizado para ela não arranhar os móveis da casa. Um apartamento quitado parece ser menos complexo. Não sou um samurai, por isso se eu não ocupar o espaço, eu me afogo na distância trocando socos com asteróides. todos os lugares se parecem, mas é assim onde leio no camping o ponto final que mancha - te o Sândalo. 

Claudio castoriadis 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

canção para você viver mais.

Quem chega na liberdade da razão entende que na vida, todos nós temos uma missão. A missão de proteger alguém, mudar alguém, ou nascemos simplesmente para salvar uma vida. No decorrer do caminho da vida, passamos por coisas que nos fazem crescer - coisas boas , coisas ruins, e coisas mais ou menos -  passamos também por pessoas que fizeram uma grande diferença em nossas vidas, e fazem até hoje. Mas nem por isso estaremos no mesmo caminho por muito tempo. Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu amigo heroi. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Sim, a vida é curtinha. Mas o que experimentava naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes.

O encontro acontecera de repente, mas era como se já tivessem sido amigos a vida inteira. A experiência da amizade parece ter suas raízes fora do tempo, na eternidade. Uma acontecimento distante, metafísico. Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre.

Uma estória oriental conta de uma árvore solitária que se via lá no alto da montanha. Não tinha sido sempre assim. Em tempos passados, a montanha estivera coberta de árvores que os lenhadores cortaram e venderam. Mas aquela árvore era torta, não podia ser transformada em tábuas. Inútil para os seus propósitos, os lenhadores a deixaram lá. Depois vieram os caçadores de essências em busca de madeiras perfumadas. Mas a árvore torta, por não ter cheiro algum, foi desprezada e lá ficou. Por ser inútil, sobreviveu. Hoje ela está sozinha na montanha. Os viajantes se assentam sob a sua sombra e descansam.

Um amigo é como aquela árvore. Vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna um amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa vida uma experiência de comunhão. Diante do amigo sabemos que não estamos sós. E alegria maior não pode existir. Penso nisso, penso nas pessoas, amigos, amigas , emprego, perrengues, gatos , doginhos, romances, família. Penso em todos e tudo. Então, fico feliz por saber que não existe fim para vínculos. O melhor da vida será sempre invisível. Posso não fazer parte do universo de quem fez parte da minha vida, mas, em silêncio, eu sei que sou um pedaço de vida por ter conhecido e vivido com pessoas , plantas, mundos - mesmo agora sendo invisíveis.  

Claudio castoriadis 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

alguma coisa

análise de personagens : Omori, Something

Something é a personificação dos medos de Sunny, que pela sua perspectiva são monstros, a exemplo de Something in the Dark (o medo de cair das escadas), Something in the Walls (aracnofobia) e Something in the Water (medo de afogamento). Mas não apenas isso, Something também representa a culpa que Basil e Sunny (tanto q apenas estes dois personagens podem enxergar Something) compartilham, tanto q sua forma principal é derivada de um corpo enforcado. Marcando presença tanto no mundo dos sonhos quanto no mundo real. Basil acredita que Something foi a entidade que empurrou Mari das escadas, já que em sua idealização de Sunny ele se recusa a acreditar que o amigo poderia ter feito algo tão terrível. Basil expressa ter bastante medo de Something pois parece que o trauma é mais atacante nele assim aumentando mais e mais a culpa até chegar a batalha final da história sem fim onde Sunny terá que enfrentar Basil e Something tentando salva-lo da culpa. A sacada nisso tudo tá na trama psicológica. 

sexta-feira, 5 de abril de 2024

o mundo como vontade e representação

Imagine que você está em um palco iluminado, no centro de um grande show, com todas as luzes focadas em vc. Gritaria, etc.  Nesse momento, você sente q todos os olhares estão direcionados aos seus comportamentos. Essa sensação de ser observado intensamente é o que os psicólogos sociais chamam de “Efeito Holofote” e refere-se ao fenômeno pelo qual as pessoas tendem a acreditar que estão sendo notadas, julgadas por outras pessoas com mais atenção do que realmente estão. Respira prq não é bem assim.   

Imagina a Banda Coldplay, estádio lotado, etc. De 10 pessoas, provavelmente 3 conseguem manter o foco nos artistas. Como assim? Nem todo mundo se importa com a banda, na verdade o foco é sempre o espetáculo individual. Basta ir nas redes sociais ou até mesmo nos eventos. Geral pulando , dançando, focados no celular, fazendo lives, bebedeira. 

Agora, pensa no seu caso. No seu suposto holofote. Ele existe?! Usamos essas sensações de que o mundo nos observa para avaliar o ambiente ao nosso redor, incluindo as outras pessoas. No entanto, as outras pessoas não apenas não conhecem as nossas ideias subjetivas e a nossa situação, mas também são o centro de seus próprios universos. Como disse o filósofo: o mundo é nossa vontade e representação. 

segunda-feira, 25 de março de 2024

como uma escavadeira vai se gastando pelo tempo que atravessa.

muitas vezes me lembro da professora que me alfabetizou, e como ela mostrava que as letras já podiam nascer juntas, porque ela me ensinou palavras inteiras — ou foi assim que minha memória juntou — e depois dela me ensinar a escrever "claudio" ela me perguntou: "que palavras você quer escrever agora?". eu logo quis escrever "família" e a segunda palavra que eu quis foi "vida".


*

muitas vezes me pego pensando que o futuro é que determina o passado e não o contrário. afinal o futuro de toda repetição é ser presente quando acontece. traços na calçada, nos pássaros, no fogo, o corpo todo marcado como uma escavadeira vai se gastando pelo tempo do que atravessa.


*


mais que afeto, eu sentia devoção por essa professora que me mostrou que os sons, ou que os traços podiam juntar com outros traços que transmitiam as coisas que as pessoas diziam umas pras outras e lembro da minha satisfação de sentir o giz nos meus dedos grafando na cartolina. depois ficava com aflição do pó de giz.


*


é curioso conseguir encontrar exatamente na minha mente onde mora essa sensação de lembrar que aos meus 4 anos de idade poucas coisas me deixavam mais seguro do que a professora que me alfabetizou & ter a memória totalmente visual de ler na folha escrito por mim — essa sensação mora no meu tórax, como um colete leve apoiado bem no meio do esterno, pegando os ombros e sutilmente a nuca, esta região do respirar. deve ser por isso que escrever sempre teve a ver, pra mim, com alongamento.

Tudo que existe precisa se alongar para  não cair no esquecimento. 

segunda-feira, 4 de março de 2024

um treinamento pacífico


é uma certa convicção, não sei se fria, ou pelo menos estimulada por um fio narrativo pouco acentuado recriado nesta necessidade de dizer qualquer coisa, não por um antecedente anterior ao ímpeto, mas só pelo ímpeto de escoar mesmo. esta incontinência, a virtualidade do fazer, do como fazer,  e uma fotografia amarelada praticamente total ao redor de tudo, também chamado e conhecido como um ancestral que invade a casa e estilhaça uma falta total, falta intransitiva, não é nem "de" alguma coisa, um acúmulo de líquidos, um feriado enterrado na nuca mas não não não mais. Essa caricatura a quem eu peço, ensina-me o teu sim. já dizia a outra que tudo começou com um sim e um outro que se é ele o portador do grande coração temei não partam dele as grandes negações, este ir perdendo vestes na certeza de que não há sentinela que resista à umidade de março a não ser que se consolide um treinamento pacífico não é por medo não que alguém permanece acordado. 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Basil

analisando personagens : Basil


Basil é apresentado como um personagem arquetipicamente adorável, com uma aparência "fofa" e até mesmo afeminada, tanto em sua versão do Dream World quanto a do Real World, uma personalidade gentil e uma paixão por seus hobbies de jardinagem e fotografia que é admirável, se refugiando nos mesmos e em uma rotina calma em busca de paz e felicidade. Apesar disto, ele é provavelmente o personagem mais trágico de todo o jogo, pode parecer cruel, a princípio, querer comparar o sofrimento entre quaisquer personagens de OMORI. Pode-se deduzir que Mari e Hero sofriam com pressão parental e Kel e Sunny com possível negligência, mas ainda assim, suas famílias continuavam sendo presentes, amorosas e estáveis, mas Aubrey e Basil vieram de cenários familiares um tanto quanto complicados, Basil foi criado pela avó desde que era um bebê por seus pais estarem ocupados demais para ele, e embora sua avó seja gentil e amorosa (como se pode observar na versão demo do jogo), ele provavelmente passou por um cenário não só de abandono, mas de abusos e traumas ainda quando criança, mesmo que não seja uma informação canon ainda é algo provável, temos indícios de que Basil já tinha presenciado ou mesmo que tinha pensamentos suicidas aos 12 anos amarrar um nó de forca e o de que ele pensou em fazer com que a morte de Mari se parecesse com um suicídio, algo anormal para uma criança de 12 anos, principalmente nos anos 1990/2000 (época na qual OMORI se passa). Basil provavelmente foi abandonado várias vezes em sua vida, algo que fez com que ele tivesse um medo enorme de perder Sunny indo a extremos para que isso não acontecesse, isso também faz com que ele tenha um medo tão grande de conflito e uma auto-estima tão baixa. Forma fofa, conteúdo complexo.
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