sexta-feira, 21 de novembro de 2014

papel parede

quantos carvões cabem numa fumaça? quantos pulmões dividem oxigênio com balões? e as xícaras? de onde trovejam suas asas? as elucidações em massa destrancam vários coxins na nuca. à esquerda, de antemão, a cortina bate palma conduzida pela cornucópia rente à botija de zimbro. o colar preciso vai certeiro, esfregando os ombros em cima do dique. antes, não estivera a dizer um marasmo em papel parede enrolado no baralho. depois do longo suspense, um olho arregalado senta na poltrona, uma última edição sobra na banca. em dado momento a valva dispara inerme na mandíbula do inválido, afunda três - ou mais polegadas do sargaço. em média, as coisas são pequenos sopros que se desmancham em penugens.

por claudio castoriadis
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