se faz um mar
uma barca
talvez com bem menos uma poça
trêmula ao cântico do gondoleiro
pelos cafés onde tomam suas refeições
os senhorios se enrolam na madrugada
ladeados ambos por olhares tamisados
compreendi isso a partir dos olhos encolhidos
na fímbria matizada onde os dias são âncoras
Por Claudio Castoriadis
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