Depois desse turbilhão de protestos no Brasil,
do norte para tudo que for Brasil, uma frase de uma tal de Bismarck poderia
resumir algumas questões que a moçada ainda teima em desconstruir: a política é arte do possível. Falo isso,
tendo em mente uma reforma política de acordo com o sistema sem a necessidade
de romper com o sistema democrático. Creio que "revolução" é uma palavra forte que
ainda deve ser estudada com rigor antes da sair quebrando tudo, uma batalha de
todos contra todos. Os grandes movimentos devem acontecer. Porém, de
maneira espontânea, como a maioria dos
movimentos populares foram desde o século dezessete.
No nosso tempo uma falsa
consciência de liberdade foi despertada na rua ( denomino complexo Che
encubado) mas como funciona essa crise? Na forma de um movimento “apartidário”.
Com isso, temos grupos se comportando feito ovelhas clamando atenção para os oportunistas de plantão: seja de esquerda,
direita, de cima ou em riba!
Desorganizado e desinformado o
tiro pode ser no escuro, mirar no leão e acertar no viado, daí o escombro que
se pretende sair pode se aprofundar: pois é chapa, se a economia brasileira
afundar em um abismo sem volta? Um ponto negativo: o Estado terá menos recursos
para bancar os hospitais e consertar suas falhas no contexto público. Ser
sério, não significa em destruir a política que temos, assim, do nada! A arte
de viver com o próximo, mesmo as coisas estando como estão, é equivalente à
capacidade de proteger o espaço da política contra exigências oriundas do
impossível. Digamos que tudo seja
quebrado? E agora? Quem vai bancar? Aqueles que sempre pagaram impostos,
trabalhando a vida inteira sem o direito a nada? Os marginalizados serão cada
vez mais massacrados, e vão por mim, eu não desejo isso para eles, afinal, eu
sou um deles, eu trabalhei com eles, lutei com eles. O setor público, nunca foi
um santo pela minha gente, um demônio? chegando perto. Mas, nós acreditamos, minha gente rala
em programas sociais. Nossa barreira?
Sempre foi o muro do preconceito social
, porém, a moçada aqui, ainda está de cabeça erguida. E juntos ainda vamos
fazer mais do que barulho pelo nosso próximo.
Por Claudio Castoriadis
Por Claudio Castoriadis