Poeta maldito, feio, cáustico
- doente. Não acredito em palavras, esta ou aquela virtude; entre outras: sutileza casuística. .
Somente aquele que vive,
carrega consigo suas cinzas, desperta minha atenção e silêncio -novas erupções
Lento e flamejante; o vento
toca minha pele desfigurando cada marca, amargura; doravante aspecto tosquiado
De onde vem a fome que ainda
mitiga minhas feridas?
Sua vida, patética, articula
ficção e realidade. Ninguém separa sua alma da sua essência medíocre, ninguém
se volta para o encanto dos sedentos, mal vestidos, escarrados
Poeta- assim clamei, - pela
eternidade corruptível de porta em
porta, repugnante suspirou e tomou alento.
Como um abutre faminto
devorando as vísceras de um inocente, eu
me deixo levar pelo trágico do destino. Sua respiração, sua melancolia, sua
vida, assim clama a felicidade do espírito; que relutante numa fossa de mentiras
e crueldade desfigura a mais bela face reabsorvendo o pudor da arte, do
insólito, da necessidade.
Por Claudio Castoriadis
Por Claudio Castoriadis
Claudio Castoriadis é Professor e blogueiro. Formado em Filosofia pela UERN. Criador do [ Blog Claudio Castoriadis ] Tem se destacado como crítico literário.Seu interesse é passar o máximo de conhecimento acerca da cultura > |