Pedro juan Gutiérrez: Nova narrativa latino-americana.
Assim como o escritor Julio
Cortázar, que trabalha uma ideia aparentemente simples despertando uma
exuberância constante de contos, o escritor cubano Pedro juan Gutiérrez, se
valendo de uma grande flexibilidade de linguagem, incorpora um pluralismo literário. Experiências afetivas, amores
épicos e divergências sócias são referências que sustentam o universo
imaginário do autor.
Sua poética histórica, bordada
e temperada por uma escrita visceral, determina à importância da arte de
narrar. Manipulando sua realidade imanente transfigurando as circunstâncias,
Despeja uma nova realidade, a partir da realidade ''real''.
Obstinado, aos 14 anos lia de
tudo: Truman Capote, Júlio Verne, Jean Paul Sartre entre outros autores
consagrados nos meios intelectuais. Autor de Trilogia suja de Havana, Animal
Tropical e O Rei de Havana (todos publicados no Brasil pela Cia. das Letras),
Gutiérrez mostra uma literatura não convencional. Sua filosofia? Dizer o máximo
que pode, no menor espaço possível.
Afirma-se "mais contista,
por definição”, reconhecido internacionalmente como um dos escritores mais
talentosos da nova narrativa latino-americana. Curiosamente, reclama dos países,
onde alguns de seus romances não são traduzidos, como “Rei de Havana”.
"Não se atrevem a me publicar, são muito puritanos, ficam ofendidos com
minhas histórias", diz o autor.
Sua obra narrativa foi
publicada em 20 países, com um sucesso crescente de crítica e de público. É
considerado por renomados críticos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha
como um “escritor cult”, um mito em ascensão.
Por Claudio Castoriadis