Jornalista, dramaturgo, ensaísta e
crítico literário, Mario Vargas Llosa é um dos mais importantes escritores da
atualidade. Nascido em Arequipa, no Peru, em 1936, viveu em Paris na década de
1960 e lecionou em diversas universidades norte-americanas e europeias ao longo
dos anos. Aos 74 anos, é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2010. Não por
acaso foi apontado pela Academia Sueca como “um contador de histórias
divinamente dotado” Quem já teve a oportunidade de ler o romance extraordinário
“A casa verde” inconscientemente teve um contato com um arrebatador livro que
nos convida para uma peregrinação imaginativa da relação da natureza/homem. Com influências de William
Faulkner e Gustave Flaubert, Vargas Llosa nessa exuberante obra nos presenteia
com um texto primoroso, em que a voz do narrador se mostra híbrida quando se
funde à fala dos personagens – uma sintonia intrigante. Segundo romance de Vargas Llosa, A Casa Verde
é, também, um de seus livros mais ambiciosos. Nele, o autor, Nobel de
Literatura, da vida a voz de diferentes personagens para narrar a história de
um prostíbulo montado perto de uma das cidades mais isoladas do Peru, mudando a
rotina de seus habitantes. Publicado originalmente em 1966, o romance recebeu
no mesmo ano o Prêmio da Crítica, na Espanha, e, em 1967, o Prêmio
Internacional de Literatura Rómulo Gallegos, na Venezuela, como melhor romance
em língua espanhola. Um livro que certamente não esgota o talento do escritor,
mas embasa categoricamente o seu merecido prestigio entre os grandes nomes da
literatura mundial. Detalhe, nosso autor
tinha apenas 29 anos quando terminou o romance. Se bem que seu sucesso já era
previsto, basta uma lida nas publicações dos contos reunidos em Os chefes
(1959) sem deixa de lado o lançamento de seu primeiro romance, A cidade e os
cachorros (1963). Porém, Com A Casa Verde, ele se firmou como um dos principais
autores latino-americanos dos anos 1960.
No Brasil, os livros de Mario Vargas
Llosa, foram bem acolhidos, não obstante já foram publicados por várias
editoras. Em 1962, a Nova Fronteira publicou "Batismo de fogo", em
tradução de Milton Persson. Nos anos 1970, a Sabiá (de Fernando Sabino e Rubem
Braga) lançou aqui "A casa verde". A Francisco Alves editou vários
livros de Llosa nos anos 1970 e 1980. Durante muito tempo, o autor passou pela
Companhia das Letras e pela Nova Fronteira. Seus livros hoje em catálogo e à
venda nas livrarias estão editados pela Ediouro, pela Arx e pela Objetiva, que
tem publicado todos os romances do escritor peruano dentro do selo Alfaguara.
Seu livro mais recente editado aqui é a recém-lançada coleção de ensaios
"Sabres e utopias" (Objetiva). Um ótimo autor alheio a qualquer
crítica que vale a pena ser lido. Quer começar? Que tal adentrar em seu
universo mágico a partir do seu clássico “A casa verde”?