domingo, 1 de janeiro de 2012

Mario Vargas Llosa


Jornalista, dramaturgo, ensaísta e crítico literário, Mario Vargas Llosa é um dos mais importantes escritores da atualidade. Nascido em Arequipa, no Peru, em 1936, viveu em Paris na década de 1960 e lecionou em diversas universidades norte-americanas e europeias ao longo dos anos. Aos 74 anos, é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2010. Não por acaso foi apontado pela Academia Sueca como “um contador de histórias divinamente dotado” Quem já teve a oportunidade de ler o romance extraordinário “A casa verde” inconscientemente teve um contato com um arrebatador livro que nos convida para uma peregrinação imaginativa da relação da natureza/homem.  Com influências de William Faulkner e Gustave Flaubert, Vargas Llosa nessa exuberante obra nos presenteia com um texto primoroso, em que a voz do narrador se mostra híbrida quando se funde à fala dos personagens – uma sintonia intrigante.  Segundo romance de Vargas Llosa, A Casa Verde é, também, um de seus livros mais ambiciosos. Nele, o autor, Nobel de Literatura, da vida a voz de diferentes personagens para narrar a história de um prostíbulo montado perto de uma das cidades mais isoladas do Peru, mudando a rotina de seus habitantes. Publicado originalmente em 1966, o romance recebeu no mesmo ano o Prêmio da Crítica, na Espanha, e, em 1967, o Prêmio Internacional de Literatura Rómulo Gallegos, na Venezuela, como melhor romance em língua espanhola. Um livro que certamente não esgota o talento do escritor, mas embasa categoricamente o seu merecido prestigio entre os grandes nomes da literatura mundial.  Detalhe, nosso autor tinha apenas 29 anos quando terminou o romance. Se bem que seu sucesso já era previsto, basta uma lida nas publicações dos contos reunidos em Os chefes (1959) sem deixa de lado o lançamento de seu primeiro romance, A cidade e os cachorros (1963). Porém, Com A Casa Verde, ele se firmou como um dos principais autores latino-americanos dos anos 1960.

No Brasil, os livros de Mario Vargas Llosa, foram bem acolhidos, não obstante já foram publicados por várias editoras. Em 1962, a Nova Fronteira publicou "Batismo de fogo", em tradução de Milton Persson. Nos anos 1970, a Sabiá (de Fernando Sabino e Rubem Braga) lançou aqui "A casa verde". A Francisco Alves editou vários livros de Llosa nos anos 1970 e 1980. Durante muito tempo, o autor passou pela Companhia das Letras e pela Nova Fronteira. Seus livros hoje em catálogo e à venda nas livrarias estão editados pela Ediouro, pela Arx e pela Objetiva, que tem publicado todos os romances do escritor peruano dentro do selo Alfaguara. Seu livro mais recente editado aqui é a recém-lançada coleção de ensaios "Sabres e utopias" (Objetiva). Um ótimo autor alheio a qualquer crítica que vale a pena ser lido. Quer começar? Que tal adentrar em seu universo mágico a partir do seu clássico “A casa verde”?

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