Na ficção científica o paranauê não é diferente. Esse gênero vem se tornando muito popular e conquistando cada vez mais leitores ao longo dos anos, e não só entre pessoas que se interessam por ciências. Definir exatamente onde foi seu início não é simples. Existem algumas obras muito antigas que já trazem alguns elementos que encontramos nas publicações atuais de ficção científica, como, por exemplo, viagens no tempo, seres alienígenas, destopia, entre outros. No entanto, esses fenômenos estavam ligados, geralmente, a alguma forma de magia, e não à ciência, por isso não se encaixavam perfeitamente no gênero ficção científica.
O romance que aparece quase sempre entre os marcos iniciais da ficção científica é Frankenstein, de Mary Shelley (1797-1851), publicado em 1818. obra, que se enquadra também no gênero terror.
Depois de Shelley, temos Júlio Verne (1828-1905), com suas várias obras que exploram a temática do fantástico, a partir do científico, de uma forma fascinante. Alguns críticos literários o consideram o inventor do gênero ficção científica. Viagem ao Centro da Terra e Vinte Mil Léguas Submarinas nos mostram a capacidade de Verne de escrever sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, as máquinas voadoras e a viagem à Lua, antes de tudo isso ser real.
Foi no século XX, a partir de algumas revistas estadunidenses, que a ficção científica ganhou um nome e foi sendo mais bem delineada. A partir daí, surgiram grandes escritores do gênero, como, por exemplo, Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Ursula K. Le Guin, David Foster Wallace e muitos outros.