sábado, 23 de agosto de 2014

a conspiração das cadeiras

parecia um iceberg
o cobertor flutuando do lugar
novelos sussurrando no seu sono 
cajueiros ondulantes tremendo pelas tamancas
atalhos voltando e rebatendo, aqui onde afunda a manha
vês, que não era uma manada, mas um decoro de consolações
um sotaque atende refrescando a memória, tramando no vapor da valsa
há de ser o vento espiando por cima do muro, entre os tufos
a conspiração das cadeiras

Por Claudio Castoriadis
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