Aquilo que foi ontem
Desmente o agora
O instante
Chamava-se eu,
Mas agora está mudado
Magro, consumido
Pela fome
Tuas cinzas
De longe lembram
As mesmas
Por trás da casa
—ruas desagradáveis
Onde despertas?
Sombras, pálidos raios?
E o velho se calou
Embotou seu silêncio
Levando consigo
O peso do corpo
Como deleite
Da alma
Por Claudio Castoriadis