O corpo que veste a alma
Já não é o mesmo
Quando lhe desgraça
Reluzente como um raio
Enroscado na esperança
Do outro lado destinado
— Aquilo que nunca foi
Assim morre uma maldita rima
Da mais alta virtude
Trágico,
Poderia ser um poema
Liberdade,
Eu a desejo com deleite
A queda da luz, correndo
Precipitando-se—
Logo em seguida: o silêncio
Refração...
Cor, florescendo
Dissolvendo-se
Descontinuidade?
—Restauração
A fome segue,
Onde cultivas-te o carvalho
Que a vida permaneça,
Tempestade e correnteza
Afetos— no ar frágeis
Espumas deslizando
Arco da existência
E todos nos contemplam
Sim! apenas respire.
Por Claudio Castoriadis
Claudio Castoriadis é Professor e blogueiro. Formado em Filosofia pela UERN. Criador do [ Blog Claudio Castoriadis ] Tem se destacado como crítico literário.Seu interesse é passar o máximo de conhecimento acerca da cultura > |