A verdade burguesa, legitimada pelos intelectuais, se opõe a verdade “operária”. Os intelectuais, que assim agem (conscientemente ou não) desenvolvem uma filosofia que serve para encobrir as misérias da época e fundamentalmente a separação angustiante entre seus poderes e o limite real da sua “realização”. Dissimulam cinicamente a dominação burguesa em seus pontos essenciais. Cumprem a missão odiosa de fazer aceitar uma ordem e fornecendo-lhe justificativas. Trabalham para afirmar e propagar as verdades parciais engendradas pela burguesia e úteis ao seu “poder”
NIZAN, Paul. Les Chienes de Garde. Paris, Maspero, 1978.