Jack London foi certamente um dos maiores escritores em seu tempo e com o mesmo rigor é considerado um dos melhores do mundo. Personalidade profunda, vida consciente, pensante, tudo que escreveu foi criado a partir das suas experiências de vida inescapavelmente inusitada. Misturando o uso de técnicas do jornalismo e da literatura para narrar o encontro com as populações marginalizadas da capital da Inglaterra em 1902.
Nascido em São Francisco, Califórnia, em 12/01/1876, Jack London é filho ilegítimo de William Chaney, astrólogo e jornalista, e de Flora Wellman, que se acreditava espírita e médium vidente. Tinha oito meses de idade, quando sua mãe casou-se com John London, que o adotou.
Sua escolaridade era precária, porém, sendo um leitor voraz, o autodidatismo de Jack tornou possível seu ingresso em Berkeley. Contudo, abandonou a universidade, após um semestre, por julgá-la sem vida. Quando jovem viajou pelo mundo, trabalhando como marinheiro; depois percorreu grande parte dos Estados Unidos viajando clandestinamente em trens, sobrevivendo de esmolas. Chegou a ser preso por "vadiagem", e esta experiência fez com que ele conhecesse como o sistema penitenciário norte-americano realmente funcionava. Descobriu, por exemplo, que seus companheiros de cela não tiveram a chance de serem ouvidos por um juiz, o que ia contra as leis mais corriqueiras da justiça.
No decorrer das suas andanças descobriu o socialismo como fuga de uma realidade demarcada pela marginalização das pessoas. Sendo autodidata dominou as teorias mais avançadas de sua época, como o marxismo e a teoria da evolução de Darwin. Toda a sua obra reflete o engajamento social e revolucionário, o materialismo e o Socialismo. Por essas razões, muitos anos depois de sua morte, Jack London entrou para o índex do maccarthismo — a implacável perseguição movida na década de 50 pela burguesia arqui-reacionária dos EUA, contra toda e qualquer expressão socialista.
Dono da sua liberdade, do seu destino, escolheu ser sujeito da sua vida, não foi apenas mais um andarilho sobre a terra. Quis descobrir e afirmar suas verdades mais íntimas e essenciais. E fez isso com uma tenacidade louvável. A cada decisão que o levou às aventuras o que imperava era seu desejo de “enfrentar o mar” para buscar o que queria na verdade: uma vida que valesse a pena ser vivida. Nunca deixou de escrever, era um escritor ávido que costumava passar dias dedicando-se inteiramente à sua atividade. Interessava-se pelo território das guerras e das revoluções; acreditava firmemente na existência de um poder escondido por trás da democracia.
Seus primeiros contos foram rejeitados pelas editoras e revistas por longo tempo. Ele sabia que seus contos não eram contos degustáveis para o público estadunidense, pois este queria continuar lendo histórias vazias e açucaradas, e assim manter uma imagem idealizada da vida.
Tempos depois, quando finalmente conseguiu ser aceito e passou a ter fama e dinheiro, não se acomodou à confortável situação. Aprendera que valia a pena defender suas convicções, e que para isto tinha que pagar o preço de descontentar muitas pessoas, e o de ser combatido ferozmente por muitas delas. Continuou defendendo com unhas e dentes suas escolhas na vida pessoal e seu estilo na literatura, como vemos nesta carta enviada a um editor:
“Insisto agora, como sempre insisti, que a virtude literária cardeal é a sinceridade. Se estou errado nesta convicção e o mundo me renega, só me cabe dizer um adeus indiferente ao mundo e orgulhoso refugiar-me no rancho, plantar batatas e criar galinhas para conservar o estômago cheio. Foi a minha recusa de aceitar advertências sensatas que me fez o que sou hoje.”
Sua história tem vários momentos obscuros, em que não se tem informação. Segundo alguns biógrafos London cometeu suicídio aos 40 anos.
Nascido em São Francisco, Califórnia, em 12/01/1876, Jack London é filho ilegítimo de William Chaney, astrólogo e jornalista, e de Flora Wellman, que se acreditava espírita e médium vidente. Tinha oito meses de idade, quando sua mãe casou-se com John London, que o adotou.
Sua escolaridade era precária, porém, sendo um leitor voraz, o autodidatismo de Jack tornou possível seu ingresso em Berkeley. Contudo, abandonou a universidade, após um semestre, por julgá-la sem vida. Quando jovem viajou pelo mundo, trabalhando como marinheiro; depois percorreu grande parte dos Estados Unidos viajando clandestinamente em trens, sobrevivendo de esmolas. Chegou a ser preso por "vadiagem", e esta experiência fez com que ele conhecesse como o sistema penitenciário norte-americano realmente funcionava. Descobriu, por exemplo, que seus companheiros de cela não tiveram a chance de serem ouvidos por um juiz, o que ia contra as leis mais corriqueiras da justiça.
No decorrer das suas andanças descobriu o socialismo como fuga de uma realidade demarcada pela marginalização das pessoas. Sendo autodidata dominou as teorias mais avançadas de sua época, como o marxismo e a teoria da evolução de Darwin. Toda a sua obra reflete o engajamento social e revolucionário, o materialismo e o Socialismo. Por essas razões, muitos anos depois de sua morte, Jack London entrou para o índex do maccarthismo — a implacável perseguição movida na década de 50 pela burguesia arqui-reacionária dos EUA, contra toda e qualquer expressão socialista.
Dono da sua liberdade, do seu destino, escolheu ser sujeito da sua vida, não foi apenas mais um andarilho sobre a terra. Quis descobrir e afirmar suas verdades mais íntimas e essenciais. E fez isso com uma tenacidade louvável. A cada decisão que o levou às aventuras o que imperava era seu desejo de “enfrentar o mar” para buscar o que queria na verdade: uma vida que valesse a pena ser vivida. Nunca deixou de escrever, era um escritor ávido que costumava passar dias dedicando-se inteiramente à sua atividade. Interessava-se pelo território das guerras e das revoluções; acreditava firmemente na existência de um poder escondido por trás da democracia.
Seus primeiros contos foram rejeitados pelas editoras e revistas por longo tempo. Ele sabia que seus contos não eram contos degustáveis para o público estadunidense, pois este queria continuar lendo histórias vazias e açucaradas, e assim manter uma imagem idealizada da vida.
Tempos depois, quando finalmente conseguiu ser aceito e passou a ter fama e dinheiro, não se acomodou à confortável situação. Aprendera que valia a pena defender suas convicções, e que para isto tinha que pagar o preço de descontentar muitas pessoas, e o de ser combatido ferozmente por muitas delas. Continuou defendendo com unhas e dentes suas escolhas na vida pessoal e seu estilo na literatura, como vemos nesta carta enviada a um editor:
“Insisto agora, como sempre insisti, que a virtude literária cardeal é a sinceridade. Se estou errado nesta convicção e o mundo me renega, só me cabe dizer um adeus indiferente ao mundo e orgulhoso refugiar-me no rancho, plantar batatas e criar galinhas para conservar o estômago cheio. Foi a minha recusa de aceitar advertências sensatas que me fez o que sou hoje.”
Sua história tem vários momentos obscuros, em que não se tem informação. Segundo alguns biógrafos London cometeu suicídio aos 40 anos.
Curiosidades:
-Mesmo longe da escola nunca deixou de ler nas horas livres, pois a experiência de ganhar o livro The Alhambra de Washington Irving aos oito anos de idade de sua professora primária marcou-o profundamente.
-O nome Jack teria sido adotado por ele durante sua adolescência, como um pseudônimo.
-London tinha como esperança mudar o mundo através de suas palavras. Jonas Raskin, em seu livro
-O nome Jack teria sido adotado por ele durante sua adolescência, como um pseudônimo.
-London tinha como esperança mudar o mundo através de suas palavras. Jonas Raskin, em seu livro
Algumas Obras:
-O Lobo do Mar, 1904
-Antes de Adão, 1907
-O Andarilho das Estrelas, 1915
-Chamado da Floresta, 1903