sábado, 5 de outubro de 2013

Ainda não inventaram um freio para o tempo




A degenerescência da nossa felicidade se manifesta no ateliê do cotidiano. É no momento da turbulência diária, girando cada vez mais vertiginosa, que surge a obrigação de ser a feliz, (a qualquer custo). Muita pressa para pouco tempo, muito tempo para pouco espaço e com isso temos aquele confronto- demanda oferta, demanda reprimida. Adianta falar que essa busca infindável pela felicidade periga numa sensação de desamparo total?(Falei) Triste daquele que se ver obrigado a ser feliz; estranhos impulsos desgastados pelo fardo da cultura da “não pertença”- não pertencer aos grupos que praticam a paciência autêntica de saber aguardar, esperar, parar, sem paralisar a virtude do “olhar” que “observa” a infinita pluralidade que já não é segredo na roda da existência.  Ainda não inventaram um freio para o tempo.


Tempo líquido

Descabível

Para um

Bom senso



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Por Claudio Castoriadis 
 
Dica de leituraA FELICIDADE PARADOXAL: ENSAIO SOBRE A SOCIEDADE DE. HIPERCONSUMO”. Autor: Gilles Lipovetsky
Imagem: fonte web


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