Admiro
o espaço que frequento na frequência do silêncio, barulho para quem ainda
dorme. Por onde andei, esvoaçando e relutante deixei um pouco, levei o
necessário. Essas ilhas vizinhas e próximas ( pessoas, coisas) Parecem mundos
heterogêneos, fragmentos polidos pela plumagem revestida. Não me engano; não me
deixo enganar, eu não sou apenas em um lugar. É bom não se solidificar, se
limitar em uma casa - quando temos sempre um outro lar. Não seja da árvore
apenas a raiz, embotada pelo solo, concreto, escuro e inútil. Seja da regra o
oposto, do rio, infinitas margens remediadas no entremeio das novas imagens em
construção.
Por Claudio Castoriadis
Imagem: fonte web