sábado, 28 de setembro de 2013

Casa, comida e alma lavada



Seja certo como relógio parado, antes tarde do que nunca, a permanência da transitoriedade. Seja completo de tão ausente, eterno como falou o poeta. Seja a fala pregada no deserto, o escuro que apaga a luz, um café para dois, no mesmo poema recitado. Seja o botão que aperta o dedo explodindo o silêncio. Seja no rosto a outra face, o rabisco do papel social subdefinido. Seja uma pessoa, casa, comida e alma lavada. 

   

Por Claudio Castoriadis 
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