segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Almas enfadonhas

/O mundo condena os solitários
Não respeita sua redenção
Nem os gritos dos convalescentes,
Mas a ponte se estende para os livres
e santificados/

/Uma mortalha consola as almas enfadonhas
E os olhos queimam feito uma estrela magnifica,
 O sopro divino improvisa um percurso próprio/

/A arte dos nobres cuja ascendência é intempestiva
Foi censurada nas palavras dos herdeiros do conhecimento
Consolo em lágrimas, aguas tranquilas, um profundo esquecimento,
Cristalizado pelos mistérios da alvorada/

/O estandarte da doença triunfa na praça dos mortos
Nas geleiras cortantes se encontra todos nossa
Bravura onde animais se farejam sedentos/

/Aprendei, desde já, precisais beber o amargo do trágico,
Imagem turva extasiada- um ardor doloroso no deserto
O fardo que agora lhe pesa enlaçando seu espírito com redes eclesiásticas /






Por Claudio Castoriadis 

Ilustração: Thayne Albano
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