sábado, 22 de dezembro de 2012

Hélio Oiticica: seja marginal, seja herói.



“Seja marginal, seja herói”. Com essa frase, Hélio Oiticica apresenta para o mundo uma gama de trabalhos que culminaram em uma explosão de pura liberdade e paixão artística que provocou um estandalhaço em seu tempo criando um movimento conhecido como marginália. A marginália passou a fazer parte do debate cultural brasileiro quando exteriorizou uma nova feição estética e inumeras  perspectivas sobre o mundo  a partir do final de 1968, estendendo-se até meados da década de setenta. É nesse período que surgem o cinema marginal, (Rogério Sganzerla e Ozualdo Candeias). Na literatura e na poesia o tema da marginália, vai mais longe ainda: serviu de alento para autores como Francisco Alvim, Gramiro de Matos e Torquato Neto. No campo musical, a idéia do artista marginal é substituída pelo rótulo do músico maldito, se transfigura em poeta maldito, cujos principais nomes desse período são Jards Macalé, Sérgio Sampaio, Jorge Mautner e Luiz Melodia.

Hélio Oiticica foi um dos mais importantes artistas da segunda metade do século XX. Suas ideias produziram uma mudança de parametros éticos e estéticos, sob um novo prisma. Um inovador no campo da arte e a cultura. Sem dúvida, sua obra merece ser sempre repensada e reavaliada.


Segue abaixo um breve trailer do documentário sobre o artista plástico brasileiro, feito a partir de fitas K7 dos anos 60 e 70 gravadas pelo próprio artista.  

 

                                             Hélio Oiticica, de César Oiticica Filho

 


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