Hoje em dias as grandes metrópoles-
infraestrutura deficiente e alto custo de vida - vomitam concretos nas pessoas.
Enquanto que no Nordeste famílias se viram como podem para sobreviver. Falta de
recursos econômicos, fome, miséria. Muitas habitantes fogem da seca em busca de
melhores condições de vida nas cidades onde são esmagadas por um dilúvio de
indiferença - desprezados por uma cultura plastificada. Toda essa dinâmica é
ditada por uma crise cognitiva, objetos ganham vida, pessoas são rebaixadas a
coisas, a mero instrumento. Vivemos na época da coisificação do homem. Existe um
culpado para esse tipo de distúrbio humanista? É inegável que sim. O estado -
que beira em um niilismo frenético e não exteriora sua função de mediador de
conflitos em determinados grupos gerando assim uma falsa consciência
esclarecida. Segundo os especialistas que se ocupam do estudo da sociedade
política, o sentindo primordial do Estado, qualquer que seja a ideologia que o
suporte, é: a segurança, a justiça e o bem-estar. Portanto, tendo em mente o
estado como um tipo de mãe abstrata, que deveria cuidar dos seus filhos, a segurança
Pública, mais que um assunto dos governos, independentemente de sua esfera de
atuação (federal, estadual e municipal) constituiria sua prioridade.
Por Claudio Castoriadis