A decisão do STF sobre a legitimidade
das cotas raciais em universidades federais e o projeto de lei aprovado pela Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que consolida um sistema de reserva de vagas oferecidas pelas universidades e institutos federais
para cota racial e social traz consigo uma maré de pontos de vistas
divergentes. Será uma questão política? Partidária? Racista? Moralista liberal?
Segundo o sociólogo Demétrio Magnoli, integrante do Grupo de Análise da
Conjuntura Internacional da USP (Gacint-USP), as medidas afirmativas para
negros vão fazer com que os brasileiros, na sua imensa maioria, vivam
cotidianamente sob o crivo da raça. Em contra partida o professor Nelson
Inocencio, coordenador do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da UnB
(Universidade de Brasília), afirma que o pacote de ações afirmativas proposto
pelo governo federal e que inclui, entre outras coisas, reserva de cotas para
negros no funcionalismo federal é um compromisso com a sociedade brasileira e
com a comunidade internacional. Problemática contundente. Mas, não podemos
fazer vista grossa para a questão da cota. Qual a melhor solução?
No vídeo
abaixo, o ator Pedro Cardoso fala sobre Cotas nas universidades
Por Claudio Castoriadis
