/O mundo condena os solitários
Não respeita sua redenção
Nem os gritos dos convalescentes,
Mas a ponte se estende para os livres
e santificados/
/Uma mortalha consola as almas enfadonhas
E os olhos queimam feito uma estrela magnifica,
O sopro divino improvisa
um percurso próprio/
/A arte dos nobres cuja ascendência é intempestiva
Foi censurada nas palavras dos herdeiros do conhecimento
Consolo em lágrimas, aguas tranquilas, um profundo esquecimento,
Cristalizado pelos mistérios da alvorada/
/O estandarte da doença triunfa na praça dos mortos
Nas geleiras cortantes se encontra todos nossa
Bravura onde animais se farejam sedentos/
/Aprendei, desde já, precisais beber o amargo do trágico,
Imagem turva extasiada- um ardor doloroso no deserto
O fardo que agora lhe pesa enlaçando seu espírito com
redes eclesiásticas /
Por Claudio Castoriadis
Ilustração: Thayne Albano