“Seja marginal, seja herói”. Com
essa frase, Hélio Oiticica apresenta para o mundo uma gama de trabalhos que culminaram em uma explosão de pura liberdade e paixão artística que provocou um estandalhaço em seu tempo criando um movimento conhecido como marginália. A marginália passou a fazer
parte do debate cultural brasileiro quando exteriorizou uma nova feição estética e inumeras perspectivas sobre o mundo a partir do final de 1968, estendendo-se até
meados da década de setenta. É nesse período que surgem o cinema marginal, (Rogério Sganzerla e Ozualdo Candeias). Na literatura e na poesia o tema da marginália, vai mais longe ainda: serviu de alento para autores como Francisco
Alvim, Gramiro de Matos e Torquato Neto. No campo musical, a
idéia do artista marginal é substituída pelo rótulo do músico maldito, se transfigura em poeta maldito, cujos
principais nomes desse período são Jards Macalé, Sérgio Sampaio, Jorge Mautner e
Luiz Melodia.
Hélio Oiticica foi um dos mais
importantes artistas da segunda metade do século XX. Suas ideias produziram uma mudança de parametros éticos e estéticos, sob um novo prisma. Um inovador no campo da arte e a cultura. Sem dúvida, sua obra merece ser sempre repensada e reavaliada.
Segue abaixo um breve trailer do documentário sobre o artista plástico brasileiro, feito a
partir de fitas K7 dos anos 60 e 70 gravadas pelo próprio artista.
Hélio Oiticica, de César Oiticica Filho
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