sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Espinosa: a felicidade humana “beatitude”.


A reflexão filosófica tem corredores, curvas, e veredas em si, no seu interior temos conflitos, castelos conceituais, esconsos e masmorras; poderia ser uma desordem, algo caótico,  poderia ou pode? Sem desconsiderar esses detalhes extraordinários podemos pensar a radicalidade do filósofo Espinosa.

Espinosa nasceu em um bairro judeu de Amsterdam no dia 24 de fevereiro de 1632. Sua filosofia radicaliza a tradição judaico-cristã ao formular uma ética amparada por um modelo metafísico: Deus, natureza, única substancia. Spinoza chama de substancia aquilo que verdadeiramente existe, o ser interior ou a essência. Substancia é aquilo eterno, imutável, é aquilo que pode ser pensado como tendo existência completamente independente e do qual todo o resto participa como forma ou modo transitório. Porque não pode ser explicada por nenhuma outra coisa, ela deve ser sua própria causa, ou necessariamente existente. "Além de Deus, nenhuma substância pode ser dada ou concebida". Essa proposição sintetiza a confiança pessoal do autor na medida de todas as coisas:  "Deus" idêntico ao universo; tudo que existe, sob qualquer forma, é parte de Deus. Esta proposição conflita com a ideia mais comum de que Deus é transcendente, distinto da sua criação, amputado do mundo físico e dos homens.

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Estudar suas teorias consiste em compreender uma manifestação característica do pensamento do século XVII, a projeção metafísica do movimento da natureza. Sua filosofia é considerada uma resposta ao dualismo da filosofia de Descartes (1596-1650).

No centro do sistema espinosano, existe uma única substancia e esta substância é Deus. Segundo o dualismo cartesiano, o ser humano se relaciona de tal modo com um Deus Criador que sua alma racional pode continuar existindo mesmo que sua natureza corpórea desapareça. Em Espinosa temos Deus e natureza na mesma realidade, unicidade – o que significa na prática uma teoria que rompe inteiramente com a tradicional concepção de um Deus pessoal, bom, criador de um mundo.


Por Claudio Castoriadis 

estudar Espinosa é compreender uma manifestação característica do pensamento do século XVII e, em especial, a projeção metafísica da então nova conceção mecânica da Natureza - See more at: http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/82-Introducao-a-etica-de-Espinosa#sthash.URjGtjDF.dpuf
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