quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Tudo é o que não deveria ser




na casa do equilibrista, tudo é o que não deveria ser, dor não tem cotovelo, papel não corta pedra, rastro não tem cometa, o dia não é inteiro, a mente não tem cabeça, brinquedo não é brincadeira. um mundo é um milhão de outros mundos, e a porta não se importa se alguém passa, fica, ou exporta. é tudo tão pouco, tão então, tão assim, tão sei lá, goteira no molhado, um gato no telhado, botão sem camiseta, o rosto veste a careta, o sapato leva o pé do cara, o cara não foi com minha cara. carteira sem identidade, esquecido no achado. o olho não escuta, a desconhecida se chama conhecida.



Por Claudio Castoriadis  
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