sexta-feira, 26 de junho de 2015

quisera ser de carne essa mente


sensação robusta de uma rapina
ruflando minha pele
acho graça
poderia ser melhor
na cerâmica não pisca uma gota
desacelero o tique do relógio
quisera ser de carne essa mente
neste canto, fieiras de tralhas metálicas a céu aberto
no outro, bactérias se fundem, parafusos, programas
placas mães                      malocas orgânicas
sombras nas marquises
aqui e ali
mágoas, parricídios
faixas, pedestres, táxis
sorrisos, parques
algazarra
etc



por claudio castoriadis
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domingo, 21 de junho de 2015

probabilidade de experimentos sublinhados


sábado, probabilidade de experimentos sublinhados, um resultado, feliz ou infeliz, que acrescenta marcadores de páginas por entre espaços poucos vistos. desses que não encontram em si, até segunda ordem, figuras ingênuas arrastando o luto de domingo como se segunda fosse diferente da imaginação porta-voz de um feriado, paciente e lento, que aos poucos conforma a mentalidade calçada de sandálias.

claudio castoriadis

sexta-feira, 19 de junho de 2015

pedacinhos de papel sulfite


eu não consigo escrever chorando

não consigo chorar 

em pedacinhos de papel sulfite

não consigo

ser alguém que rir de quem chora

por alguém escrevendo para alguém que

foi rindo de quem tanto escreveu chorando


por claudio castoriadis
imagem font web


quarta-feira, 17 de junho de 2015

ontem você falou dormindo

ontem você falou dormindo
                você disse que
tomou minhas dores
                            tomou
de
volta e guardou às pressas
todos meus scraps
             meus caracteres
minhas mágoas
                grifadas
                         cada qual
&
um pouco mais
num canudinho fast food

-coração de isopor
não faço mais isso
disse você

como quem gorjeava, distraída
trollando com a voz do kenny
vacilando uma
                                   duas
ou até três
gargalhadas

dizendo

quadro de rabiscar palavras
                                 que
se rabiscam
no
                              quadro
rabiscado pela palavra
quadro

por claudio castoriadis


quinta-feira, 11 de junho de 2015

meysenbug


curiosamente um crupiê se inclinou sobre a tela e
lhe disse
aproveitando a verticalidade
q não era permitido pastiche naquele local
o mundo girava na sua voz
tecida de cores
em traçados desentendidos
e ela sabia
tinha ouvido antes
na noite que foste embora
que na alfaia havia um locus
sabia do alento
que se molhava do lado de dentro
sabia q seu nome bolorento alimentava-se da minha luz

por claudio Castoriadis
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